Não é só Portugal que está nas bocas do mundo, a poesia também. Os festivais poéticos proliferam lá fora e só agora os nossos municípios estão a acordar para a recente descoberta do povo: como o pão, também a poesia é para a boca. Os poemas ditos e ouvidos criam laços entre as pessoas, tocam-lhes na alma e ainda por cima são um treino para a cidadania. Sobretudo se tiverem uma vertente de participação da comunidade.
Para organizar um festival poético que tenha qualidade e galvanize as pessoas há que seguir alguns preceitos e aprender com os erros do passado. Mesmo que seja apenas um pequeno evento de poético, convém perguntar:
. Dos diferentes modelos de festivais que existem, qual o que mais nos interessa?
. Deve haver mais conversas sobre poesia ou mais leituras de poesia?
. Quem deve fazer as leituras e que diferentes tipos de leituras existem?
. Em que espaços? Para que públicos (toda a população ou um sector específico)?
. O programa deve incluir profissionais, amadores ou ambos?
. É necessário “treinar” ou “formar” declamadores/performers ?
. Quais os níveis de quantidade e qualidade necessários?
. Como garantir que tenha algum sucesso junto da população? (para que na edição seguinte todos estejam com vontade de repetir)
. Como escolher as datas ideais, como publicitar?
. Como envolver os cidadãos, não só como público mas como parceiros?
Responder a estas questões, caso a caso, ajuda a preparar o sucesso.
Eu posso colaborar numa ou em todas as seguintes áreas:
a) trabalhar em conjunto com a sua equipa para elaborar o modelo
b) ajudar a coordenar as operações no terreno
b) preparar equipas de cidadãos para serem declamadores/performers
c) conceber e/ou ensaiar apresentações dos declamadores/performers
d) fazer espectáculos ou pequenas leituras performativas
e) ser apresentador/mestre de cerimónias do festival